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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Pra cura, a pele.

ou: meu caro amor platônico Estou curada, meu caro estou curada de todos como você, não sei qual foi o certo que encontrei entre os remédios, talvez o mesmo tédio que te fez aparecer. E sem ti estou vivendo, sem fantasmas ou vícios, equinócios e solstícios sem teu rosto desejar; o real me consome e tu que não tens nome não me vem mais a faltar. Só porque estou curada, amor, estou curada de todos como você. E se lágrimas caírem, meu rosto sucumbirem por carne e osso serão, por amor ou ódio, por um nome, rosto, feição. Tato, pele e dor, calor do corpo real; sem imagem, imaginação, apenas a solução: esse necessário final. Se algum bem um dia teu vício me fez, agradeço e me despeço porque estou curada, platônico estou curada, de todos como você.