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Mostrando postagens de outubro, 2013

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Sabe-dó-ria: Saber ao som do riso - ou não.

Sinto falta dos meus entre os seus onde estou. Sinto falta de quem me quer bem mais além de quem eu pareço ser, veja bem, não sou. Assim são meus dias, tecidos em meios estes, escritos por tortas linhas onde me pintaram estar, mas sou mais do que as palavras determinadas por alguém - não sei quem - que diz que devo aceitar e daqui não me retirar. Digo ser bobeira e fico assim, sem medo saber que o mesmo motivo que aqui me trouxe há de me levar pra um outro lugar (mais conhecido e novo) o qual não sei porque temei em deixar. Ou quem sabe eu saiba, na verdade sei, se fez de academia, me ensinaram Platão, teorema e funções; nas coordenadas eu me vi de rosa dos ventos quebrada e latitudes trocadas hoje estou a sentir: saudade do litoral, da brisa manhã maninha, a cidade do (carnaval, ao qual eu não ia) e hoje poderia ir -não gostando assim- só para saber, só para sentir, que ai estou, que estou de volta, que não me rendi. 08/09

Faz madrugada desse dia longo... faz.

Há horas que nada preenche e o tempo brinca de não passar... Há horas que tudo passa rápido e o relógio imóvel marca 3h da tarde: Roupas são lavadas, a casa é arrumada - cada azulejo delicadamente esfregado, todo pó tirado - o café passado cheira na cozinha... O banheiro transparece o rosto de touca e as mãos de luvas, o jantar embebeda o imóvel depois da louça do almoço lavada e  o lanche feito e degustado, a roupa já seca é passada, o jantar apreciado... Tudo limpo novamente. E o relógio. Marca 3h da tarde. Só porque tu não estás aqui, mas                                                                 quando tu chegas,        ...