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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Menina dos olhos mutantes

Menina do sorriso de fita de cetim Menina dos olhos recessivos por hora Menina não sabe bem o que sentir Só conhece o desejo que vai e volta Letras e as músicas fazem-na sorrir Tom e a voz fazem-na chorar Sabedoria sabe faze-la feliz Menina sem pé de samba quer dançar Não, não sei bem quem ela é pois não decide ao menos o tom dos cabelos a colorir en-tão veja bem, ôh solidão que deseja o seu coração vá embora, que a saudade já passou Menina que dança feliz pela rua que cuida de quem não pode pedir que brinca com a infância que nasceu depois que sempre está pronta pra sorrir Menina  não poupa o que dizer por horas estás a brigar com aquele que diz tortas palavras com aquele que não quer lhe respeitar A inocência se faz em face dela acorda, dança e com ela dorme sua pureza transpira em  pele fazendo-se de suor, de sal,  perfume Menina que voa com os pés no chão está interessada no que não pode ver vive em mundo só seu, num balão vive ...