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Mostrando postagens de março, 2014

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Cria da infância:

A criança que desperta não sabe quanto pode brincar não espera a permissão, não rejeita lápis e papel, tinta e massa de modelar. "Tá tudo sujo, quebrado, que bagunça!" Será de imediado o que receberá, diante da sinceridade, do domínio da arte de "criançar", sem descansar, sem pestanejar; continuará pela sala, quarto e quintal cozinha e chão de lama mãos de lama castelos no quintal poças de piscina e o quarto: bagunça paredes: telas sofá e lençol: casinha porque a criança sente como um ímpeto a vontade de se mudar daquele lugar no qual nasceu e incomoda quem a concebeu quem se esqueceu do dia que montou castelo de areia com balde no quintal de cobertor fez escorrega de travesseiro espada. Incomoda, a criança, porque traz o que ficou das lembranças esquecidas atrás do dia cheio, da rotina, da dura vida de responsabilidade do dia feliz pelo doce que...