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Mostrando postagens de junho, 2017

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Intermitente estado

Vestida de moral em conflito, despida de certeza e solidão, vejo a vida feito prosa e a verdade feito lampejo daquele que acaba antes do último suspiro, como a estrada que muda à cada curva, como o espelho que reflete diferente imagem quando nele distinta feição encara seu (fadado) destino.

Sobre ser o teu amanhã perfeito, hoje.

Não te afliges, pequena menina De tão poucos anos e tanto aperto no peito Não te culpas por sentir demais Se é o coração feito pra dar vida a tua alma. Sorri, grande mulher E vê em espelho teu o reflexo de quem queres ser amanhã Seja hoje o teu amanhã perfeito Seja feito prosa, poema ou canção Quem sabe, ainda, um soneto Pra quando a vida metrificar Que ainda assim seja possível Expressar todo teu amor (guardado) Por um alguém ou vários Seja amigo ou amante De uma noite ou alguns anos Porque o tempo, menina, já é relativo E só depende dos olhos teus A maneira que (a vida) tu desejas Enxergar. 18/06

Memórias feito prosa

De tantos em tantos tempos de constante transição; entre cachos feitos e cortados,  desfeitos à mão. Seria essa vida então construída (de) lamparinas, varandas e ampulhetas, sono, socorro e entrelinhas, de um alguns versos ainda não escritos [Por sorte (e) por espera do tempo que ainda vem] de folhas ainda em branco esperando da areia que estar por cair lembranças ainda mais intensas daquelas que na memória fazem morada.