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Mostrando postagens de abril, 2018

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Aannnh

"(...) Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz" E imaginação minha é sua. Desejo meu não se contém. Boca minha que a tua não conhece, inventa. Pele minha que teus dentes nunca viu, ensaia. Com a espera não se contenta E pinta Poetisa Esculpe: Teu dorso no lençol. Tua cor enebriando o quarto. Teu cheiro embebido no travesseiro E em mim Em toda parte de mim Que sou capaz de sen-tir. Por sinestesia. Por sinapse. Por desejo. Curiosa, durmo. (...) É quando mais te sinto. 25/04/18