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Mostrando postagens de junho, 2018

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Danousse

Borboletas no estômago e peixeira na mão Maria bonita amava Lampião e nunca deixou de ser mulher arretada Porque amor não te torna boba Muito menos avoada Quem inventa tais asneiras É caba sem vergonha que quer deixar mulher apaixonada cega por ele Mas há tempos que mulher manda na vida E se apaixonada ai que mais forte fica Vira Lisbela Vira Tieta Gabriela Rosinha Mulher pode ser mãe, pode ser pai, cangaceira, engenheira, fotógrafa, astronauta... Pode ser o que ela quiser E ai se for mulher nordestina é que lascou-se Tanto forró Tanto cuscuz Tanto borogodó Faz qualquer desejoso por mulher Se perder em seus olhos, suas curvas, perder seu chão Quando descendente de mulher casada com Lampião Aparece em tua frente Passa do teu lado Deixa seu perfume Te olha dissimulada Te faz perder a pose Lembrar da sapatilha Compor um blues E até francês falar É pai... cuidado Tem jeito não ...