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Mostrando postagens de novembro, 2019

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Sonolência: Há de valer

Hoje o dia se faz preguiçoso Cansativo Exausto. O instante é de cama, calor intenso. O muito pra fazer Fica no futuro - próximo: Amanhã, daqui a pouco depois de dormir.

Não sóbrio estado

Sobre alcoólicos efeitos escrevo. O que minha mente diz de diferente do que sóbrio estado? Não é claro. Mais risos, sorrisos, até vozes em feliz momento. Talvez seja essa a diferença: tristeza inexiste, hoje. Hoje não bebi por tristeza ou esquecimento. Por calor, sol escaldante que se faz aqui. Por desejar frescor e melhores pensamentos. E como a intenção tudo muda, me calo nessa aula que se faz. Enquanto minha mente se faz gritar. Quando meus pés, em movimentos quase involuntários dançam a sós. Eu sentanda escrevo e presto atenção no quadro. Como quem divide atenção entre os sentidos. E se distrai e se concentra. E procura o sentido na sobriedade. Seria ela a procura de quem tem clareza? Será eu fugitiva dessa beldade? Será eu? Será? Eu?

Improving

Nem sempre é sobre inspiração. A menor parte das vezes, é. E ainda assim preciso escrever. Me faço escrever. Pra dizer o que eu nem sei que irei. Pra ser melhor escrita do que ontem fui. Pra cozinhar melhor, todo dia é dia. E assim pra vida. Tem aqueles que a gente não quer viver e vive. Pra amanhã ser melhor nesse ato. Se hoje viver é um verbo estranho de conjugar, amanhã pode ser o mais lindo. Mas vejamos... De quase infinitos instantes faz-se o dia. Será que precisamos esperar o crepúsculo para assim dar outra chance?