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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Não é hora, depois

Folha em branco Dia cheio Calai minha boca, não é hora da palavra que não cabe agora do texto que não nasceu da lembrança que só deve ser contada, depois. Calai-me pra depois falar, só depois de pensar se vale a pena.

Sob fumaça, palavriando o amor sem correções

E se o amor continuasse De todas as formas Por todos os lugares Sem fôrma ou necessidade Apenas por ser Seria melhor a realidade? Seria realidade a escolha? Talvez não haja resposta Talvez só haja escolha E assim se faça Presente Passado Futuro Seja quando for Se for  E for Amor E se assim for Valerá a pena A vida O tempo Tudo