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Mostrando postagens de setembro, 2020

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Em dança outra não cabe minha sapatilha

Na linha tênue, eu ando E desando de vez em quando De guarda chuva nas mãos Com medo de cair em coração outro  E no tropeço machucar  E não mais merecer A amizade que tanto demorei a ter Não é justa essa saia que me oferece  Aperta minha circulação  Não me ponha espartilho ou meia calça  Que faz doer meu coração  E nem sempre saberei o que fazer Agora sei que só resta ser justa ao dizer Que dessa dança não faço parte Balé, valsa ou lambada  Decida qual a sua Como assim deve ser