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Mostrando postagens de março, 2012

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Há um cravo no parapeito da janela.

As palavras voltam a meus punhos e descem por meus dedos, mas ainda não sei se tomarão forma. Não sei se pintarei com elas um texto ou apenas farei delas aquarela. Tenho muitas cores em mãos, ainda nos potes, e não sei ao certo qual usar nesse momento. Temo que alguma delas caia sob meus braços encharcando-os de tal forma que eu não saiba controlar, por isso tenho calma (tento ter calma). Sei que o subjetivismo de minha vida causou-me problemas. Sei que ao passo que eu não me entendia, não fazia mais alguém me entender. Fiz promessas para livrar-me dele, inventei que havia me libertado, quis me convencer de tal, de tola me fiz, de tola deixei-me fazer. Esse subjetivismo que me fazia escrever (ou mesmo falar) nas entrelinhas, que me fez me perder mais ainda quando eu já estava perdida por entre meus sentimentos, pode ter uma causa quase comprovada, pra não dizer certamente comprovada: Medo. Esse ator que participou de vários capítulos, lá meses, anos de minha história...

Começando o recomeço.

Medo do novo. De novo, medo. Novo caminho. À caminho do novo. De novo (temporário ou contínuo ). Nada é tão imutável que o novo não mude.