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Mostrando postagens de março, 2013

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Jamais monocromática luz

Tenho muitos sentimentos e isso não é de hoje Já achei que acharia a cura, e na procura enfim sanaria algum tipo de enfermidade que me convenci de ter, por não encontrar nos meus identificação qualquer. Hoje não me atormenta mais quando sou única a dizer palavras sem sentido, planos e hobbies que nada oferecerem aos desencantados pelas letras, poesias e versos escondidos do inverso de a certeza de viver. Se convencem da não-dúvida quem ao menos provariam não sei como pensam e o que pensam ao dormir enquanto em meu leito me deletito em possibilidades e julgo meu passado por um dia a mais ter deixado de sorrir. O pretérito não desejo mudar, imperfeito continuará a ser não o trocaria por um qualquer, vulgar esse perfeito que você julga ter; acabado e sem sentido, sem ao menos ter durado continuado, se extendido, uma ação, um reles passado. Minha memória e meus textos me trazem o presente de outrora vivido e descrito nessas linhas, inspirações e horas sem sono sem a...

Longe demais

Sinto tua falta mesmo quando converso contigo; tu não estas aqui, sinto vontade do teu sorriso. Tua voz me traz um tanto do que está longe de mim, mas não traz para perto, não faz a saudade extinguir. Soa estranho agora isso que sinto, portanto me calo; não sei se deveria, mas permissões não me convencem mais. O que sei é o que passa em meu peito quando é tão difícil definir, mais errado seria negar por falta de nexo existir. O porquê me falta, a explicação não vem, mas quando converso contigo, ainda assim estás longe, estás lá queria te sentir da mesma forma como quando te vejo, e  fica a falta, a sobra do desejo. Ainda que por horas contigo permaneça a falar num telefone qualquer, a lacuna se abre como um abismo que se enlarguesse. És tu, como posso me sentir assim, se te procuro para sanar a solidão que me enfraquece? Na tua presença sou forte, vício e coragem, mas quando estás longe, só me resta a saudade. 02/03/2013