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Mostrando postagens de dezembro, 2013

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Trocando as engrenagens, expondo as feridas

Há tempos tenho perdido partes da minha memória por momentos, os mais importantes - por sinal - é como se o parafuso de um relógio folgasse justamente à meia noite, quanto todos esperam as doze badaladas. Sinto-me caindo nos meus pesadelos, como se de tão assustadores eles estivessem se tornando reais, aquilo que um dia eu temi, a seda que separava o caminho do certo àquele do fracasso estivesse se rompendo e tudo se misturando e eu não conseguisse separar. Sinto-me não sendo "posta a prova", mas como uma espécie de rearranjo da mente: primeiro o desarranjado, depois a ordem, como uma "limpa" no armário: você tira tudo, faz uma pilha na cama e depois recoloca apenas aquilo que realmente importa, apenas o vital, o que não for, dar-se outro fim.  Sinto-me assim: numa cama com pilhas e pilhas de roupas e perfumes e hidratantes e sapatos, sem conseguir encontrar um pente, mas ao mesmo tempo sabendo que haverá uma hora em que tudo estará, novamente, no seu devido lug...