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Mostrando postagens de novembro, 2020

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Na cama ao lado

Fogo Desejo Não Pare Não mais Direi o que não farei Porque farei Se assim quiser E não direi. Lugar. Estado De espírito. De corpo. Permissão  Não Se explique mais! Da tua voz, quero o teu beijo Da tua boca, escuto teu silêncio  Teu barulho no meu peito. Teu peito Meu copo vazio Fora cheio, antes, agora não  Não Pare! O que acontece já não é novidade Primeira ou segunda vez História antes contada de palavras já ditas Frases já caladas Em braille escritas Nas tuas costas, pescoço, subindo... ow não! Tuas mãos no meu corpo  Meu suor nas tuas roupas (?) Meio despido Meio vestido Meio perdido, encontro-me no instante agora onde desafirmo certeza de outrora: Meu anterior não! A cama ao lado é uma memória  De agora, no futuro Do passado, no agora De futuro, no futuro, será? Não darei resposta. Fica a cargo da tua  Permissão.