Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Na cama ao lado

Fogo
Desejo
Não Pare
Não mais
Direi o que não farei
Porque farei
Se assim quiser
E não direi.

Lugar. Estado
De espírito. De corpo. Permissão 
Não Se explique mais!
Da tua voz, quero o teu beijo
Da tua boca, escuto teu silêncio 
Teu barulho no meu peito. Teu peito
Meu copo vazio
Fora cheio, antes, agora não 
Não Pare!

O que acontece já não é novidade
Primeira ou segunda vez
História antes contada de palavras já ditas
Frases já caladas
Em braille escritas
Nas tuas costas, pescoço, subindo... ow não!
Tuas mãos no meu corpo 
Meu suor nas tuas roupas (?)
Meio despido
Meio vestido
Meio perdido, encontro-me no instante agora onde desafirmo certeza de outrora:
Meu anterior não!

A cama ao lado é uma memória 
De agora, no futuro
Do passado, no agora
De futuro, no futuro, será?
Não darei resposta.
Fica a cargo da tua 
Permissão. 

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