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Mostrando postagens de maio, 2021

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

o céu de hoje

 Como tela de Michelangelo as nuvens se aproximavam de mim, foi como sonhar acordada... O céu, telhado do teatro que eu nunca fui Que lembro desde pequena observar prender o meu olhar nessa enorme tensão de não saber explicar o que eu sinto e se vejo, de fato não sei a verdade A certeza  não me ocorre mais mas tenho na memória a lembrança de outrora em que  ia ao teatro com sua poesia e via como era pelos olhos da criança enxergar a vida que vi passar que vi chegar aos anos que antes nunca tive a idade da idade da idade que não queria contar E como vitrais em azul marinho e branco que se movem e se moldam aos desejos das minhas ações sinto-me abraçada pelo céu de longe bem perto de mim e assim me sinto em casa em casa em casa brincar e cair e chorar em casa acordar para mais um dia ficar em casa