Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Máscaras em conflito

A inspiração vem de onde não deve, mas de onde mesmo deve vir?
Se sentimentos alfloram em cascata e escorregam pelos pulsos, chegam as mãos,
máscaras postas são ilusão;
quando se pode ver através 
do rosto escondido com lágrimas caindo
de ofegante respiração;
que deseja se guardar para um outro não ferir, 
sem saber está a demonstrar o que o próximo também sente
ou imagina sentir.
Mas falta a certeza e sobra o futuro
desenhado sabiamente por Quem pode garantir
que esse baile de fantasias sucumba 
reste apenas rostos, desescondidos da verdade
dispostos a amar, dispostos a saber
que no fim das contas, vale a pena desmascarado viver.

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