Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

continuação

(...)
ainda é difícil enxergar
olhar além do que se vê
quem um dia irá saber, o horizonte, onde está?
Onde reside o desejo, o futuro da memória não vivida
o mar amante, o cortejo
ao sol, ao fim, ao começo (da vida).
Como rearranjar as pedras que nos levarão
ao monte que tanto se sonha,
se tudo está fora de ordem, se tudo parece se encontrar no vão.
Como fazer do presente caminho pro futuro desejado,
onde está esse tempo, assim, não conjugado
que não se vê, mas se quer
que não se apalpa, mas se sonha
seremos nós eternos amantes
do desejo de outrora?

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