Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Tão sutil quanto um coice de mula

Em momento algum desejei tua dor, teu pranto, tuas lágrimas. Em momento algum quis de ti capacho ou contato, porque não há outro que tu sejas pra mim senão quem mais me ama naquela cidade, da fronteira pra lá. Da faculdade à orla, de todos os bares e calçamentos,  de todas as dores e sofrimentos, em memória não há aquele que mais fez por mim, do que tu.
Mas se me perco entre os meus, se redesenho e me ditorço, se minha imagem aos teus olhos muda por segundo é porque sou assim, bagunça e exagero, certeza e aflição. Um tanto de álcool e muito desejo.
Pra ti quero alegria, felicidade, sabedoria, amor.
Mas lembra-te tu és meu irmão e por mais do que obrigação, irei brigar contigo sempre que for, sempre que voltar, porque posso até meu rosto pintar de ser educada, conveniente, para os outros, porém tu sempre terás minha maior sinceridade mesmo que essa venha em outro tom, em outras palavras não tão polidas, mas recobertas de toda verdade.
Eu te amo, porque primeiro tu me amaste. Não porque quis, até porque a primeira vista o que teve foi desdém,  confesso, mas porque tu me conquistaste e de mim, fez tua irmã.
Sou péssima em declarações e falo melhor do outro do que de mim, e se fosse te compor um poema, um verso sincero, seria mais ou menos assim:

Rosas são vermelhas
Violetas são azuis
O meu amor por ti é maior
Do que por um prato de cuscuz

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