Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Já não era sem tempo!


O jantar ficou pronto. A fome eu matei.
Não há mais espera, porque dela me livrei.
Espera não há mais porque lá já estou.
De cabelo arrumado, batom passado e unha feita.
E mesmo que assim não fosse, ainda estaria
feliz por completo.
Por esses três dias, e outros que virão,
que de fácil nada têm,
de comum também não.
Mas sabe, seu moço...
é melhor que seja assim.
Me reinventar à cada tempo
faz sentido pra mim.
Enquanto houver dia e noite nessa vida,
enquanto houver vida pra ser registrada,
enquanto, for, eu, pernambucana arretada
e uma câmera eu tiver em mãos,
não há, seu moço, quem me pare...
Porque meu dia não está no futuro
ele não espero em rede, ou janela
feito moça enamorada...
Meu dia, seu moço, vara a madrugada.
É hoje e será amanhã.
Será todo dia que Deus me der
Porque Deus quis assim.
Porque eu fiz ser assim.
Desde o dia que eu decidi
Ser feliz.

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