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Mostrando postagens de 2019

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Sonolência: Há de valer

Hoje o dia se faz preguiçoso Cansativo Exausto. O instante é de cama, calor intenso. O muito pra fazer Fica no futuro - próximo: Amanhã, daqui a pouco depois de dormir.

Não sóbrio estado

Sobre alcoólicos efeitos escrevo. O que minha mente diz de diferente do que sóbrio estado? Não é claro. Mais risos, sorrisos, até vozes em feliz momento. Talvez seja essa a diferença: tristeza inexiste, hoje. Hoje não bebi por tristeza ou esquecimento. Por calor, sol escaldante que se faz aqui. Por desejar frescor e melhores pensamentos. E como a intenção tudo muda, me calo nessa aula que se faz. Enquanto minha mente se faz gritar. Quando meus pés, em movimentos quase involuntários dançam a sós. Eu sentanda escrevo e presto atenção no quadro. Como quem divide atenção entre os sentidos. E se distrai e se concentra. E procura o sentido na sobriedade. Seria ela a procura de quem tem clareza? Será eu fugitiva dessa beldade? Será eu? Será? Eu?

Improving

Nem sempre é sobre inspiração. A menor parte das vezes, é. E ainda assim preciso escrever. Me faço escrever. Pra dizer o que eu nem sei que irei. Pra ser melhor escrita do que ontem fui. Pra cozinhar melhor, todo dia é dia. E assim pra vida. Tem aqueles que a gente não quer viver e vive. Pra amanhã ser melhor nesse ato. Se hoje viver é um verbo estranho de conjugar, amanhã pode ser o mais lindo. Mas vejamos... De quase infinitos instantes faz-se o dia. Será que precisamos esperar o crepúsculo para assim dar outra chance?

AM - MA (R)

O que haveria de mais bonito que o autêntico? Não vejo agora. Se não o amor, o que responde toda a dúvida? Haveria? Quanto muitos dizem que tudo vai desmoronar e para o seu bem você deveria ser outra pessoa, o que fazer? A coragem que o amor traz responde em silêncio de palavras, em barulho de ações: Só se é.  Como diria Clarice, fundamental é ser e viver o instante-já. Coragem é o que mais vejo quando olho para vocês. Nesses tempos que precisa-se de coragem para amar. E nesse quesito vocês dão aula! Da maneira mais plena e bonita que alguém poderia ser. Parabéns por enfrentarem o mundo! Parabéns por serem Maika e Angra sem ceder. Parabéns por Ser. Que venham anos, mais.

A Dama Sarcástica e o Primogênito

Como há de haver emoção na vida daquela que busca pelo incrível, Isabela Xavier, ou a Dama Sarcástica, como ficou conhecida depois de tal episódio que se sucedeu em Março do ano de 2019, descobriu que uma pessoa próxima era na verdade um vilão. Daqueles, meu caro leitor, que fazem jus pelo título que possuem e colecionam todos os elogios cabíveis à Bruxa má do Oeste, Scar, Rainha Má, Drisella, Jafar... e tanto outros que pelo propósito dessa narrativa não cabem ser propagados aos vossos ouvidos. Deixo aqui a sua criatividade fluir, como córrego sem empecilhos e viajar nas memórias de outrora para assim elogiar o vilão dessa saga como melhor desejar. Mas o que de fato ocorreu? Foi quando nossa heroína teve o seu progenito roubado de seus braços, por vilão desprovido de alma. Aquele que tinha como fins criá-lo como seu, guiá-lo pelos ensinamentos mais desumanos, privá-lo da identidade que o pertencia.

Antes e agora e depois

Perdão é sobre Crescer Saber mais sobre si. Ser alguém que se orgulha por ter chegado aqui. Perdoa-te Ama-te Antes e depois também O outro é o outro Outras ideias Outra história Outros perdões. Ama-te agora antes de querer amar-te depois

Tudo

Por anos vivi entre aqueles que tinham interesses outros. Hoje vivo no cerne do que pra mim faz sentido e me sinto superfície. Superfície no meu próprio mundo.  Por anos aprendi a ser média, mediana, mediocre. Aprendi a decorar frase feita do que pessoas dedicaram a vida para descobrir. Uma frase de cada um, como se aquele mínimo pudesse resumir a vida de dedicação  de quem foi tudo, tudo agora numa página de caderno.  "É importante saber um pouco de cada coisa" Frase feita enraizada num esforço monumental de 10? 16? 25 anos.. De volta a meu mundo encontrei pessoas que são tudo e assim me tiram da superfície quando lá insisto em voltar. Tiram-na de mim. Como quem arranca um mal pela raíz.  E pra dentro trago, pra perto do peito, tudo que quero ser. Tudo que faça sentido.  Agora. Tudo.

Você sabe, só não quer dizer...

Em 2016 minha estrada de tijolos amarelos apareceu pela primeira vez. Feito Dora em destemido redemoinho, perdida entre mundos que nunca foram meus, conheci um sábio. Homens de lata, espantalhos e leões viram na sequência... Esse ser de coração partido e refeito, inquieto, insatisfeito, nem sabia que "mudaria" de nome. E  ele me ajudou a descobrir qual era o meu. Apresentou-me à minha monge, que hoje usa vermelho, à minha guerreira, à minha cigana. "É o mundo dele... Só isso" Foi uma das frases que me trouxe mais clareza antes de eu saber o que clareza significava. Hoje sou mais de mim. Mais escritora, mais cozinheira, mais Fafá. Mais de tudo que eu já era e sabia. Sábia de sabedoria que autor esqueceu de por num livro [Ou em vários que na minha estante descansam em pé] Hoje sei que meus pensamentos mal cabem na minha mente, Que meu pavio é longo, Que explodo um prédio quando ele asc...

Pode acontecer tudo, inclusive nada.

Feito personagem de novela, atua em fadado momento. No impasse da falta de justificativa para evitar insistência indesejada, mergulha no âmago de sua criatividade, jurando sofrer de cefaléia, em frente ao espelho se convence de palavras que parecem ser tiradas de carta de poeta. Faz tocar telefone outro: "Amigo. Preciso dizer que farei-me ausente, contra minha vontade. Sendo eu escravo de meu corpo que desfalece em agonia e dor, repousarei em cama minha até que presente indisposição me deixe e novamente tenha paz. Aguardo ansiosamente pelo próximo happy hour. Boa noite, meu caro. Apreciem feliz momento por mim"

Inconstantemente

Sobre um sorriso bobo eu verso debruço, desfaço, refaço certezas e afins. Sob meu travesseiro escrevo, e não durmo. Confidente e confiante ele permanece. Como poucos, os importantes de agora. Cada hora tem seus importantes números, cores, perfumes, sabores... E se a hora passou, passou a valsa, o samba, o tango, a lambada... o bolo acabou. o almoço acabou, às vezes ele acaba. Até a próxima hora do dia do outro dia ao meio dia.

Alguém entre alguéns

Minha respiração parou. Ponteiros, nuvens e alguéns . O vento não mais dançou. Por um instante aquele que meus olhos congelaram em ti. Passaram os dias meses anos. Hoje tudo anda, nada mais para. O vento dança, o tempo inteiro. Somos alguém entre alguéns que também passam. Que às vezes param. Quando na multidão estranhos olhos por amor ou sorte, congelam.

Adrenalinamente

A curva do teu sorriso, feito montanha russa, por hora me faz perder a fala, por hora, encontrá-la em estado desumano, desesperadamente tentando gritar o que ninguém entende. Eu não entendo. Explica-me?

Sobre tu

Algo de bom vai acontecer quando eu te vejo Ou parece que vai Se vai, não sei Espero que sim. Algo de bom vai acontecer quando te vais? Então vai E apaixona-te por alguém Por ti mesmo, talvez E fica Faz, de tu, coração e alma Divide, soma, forja-te inteiro Encontra-te.

Who are you?

Big eyes, pink skin big mouth Nothing, but a woman. Black little balls, long dress, pixie hair, Nothing but a woman. Everything

Noite planejada

Colocou o vestido tom pastel, uma rasteira e sem maquiagem saiu. Ela queria ir de macacão, mas na lavagem, manchara. Queria ir maquiada, mas sua mala de mão, na viagem extraviara e era um domingo à noite, nenhum salão funcionava, não conhecia ninguém naquela cidade. Queria usar salto, mas esquecera de por na bagagem. Então ela foi de vestido claro, de rasteira e rosto limpo pra festa. Certeza que passaria vergonha. Mas foi. Nada planejado havia ocorrido. Tudo parecia errado. Tudo que ela queria não aconteceu. Até o lugar da festa mudara. Pegou o táxi. Mostrou o lugar no mapa. Chegou na praia.