Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Noite planejada

Colocou o vestido tom pastel, uma rasteira e sem maquiagem saiu.
Ela queria ir de macacão, mas na lavagem, manchara.
Queria ir maquiada, mas sua mala de mão, na viagem extraviara e era um domingo à noite, nenhum salão funcionava, não conhecia ninguém naquela cidade.

Queria usar salto, mas esquecera de por na bagagem.

Então ela foi de vestido claro, de rasteira e rosto limpo pra festa.

Certeza que passaria vergonha.
Mas foi.

Nada planejado havia ocorrido.

Tudo parecia errado.

Tudo que ela queria não aconteceu.

Até o lugar da festa mudara.

Pegou o táxi. Mostrou o lugar no mapa.

Chegou na praia.

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