Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

twenty eight

Mais um mês que meu útero se despe da tarefa de gerar um novo ser.

Por dois meses ele se manteve inerte, 
por preguiça ou descrença,
nem fez questão de se arrumar todo.

Já pensando na decoração do mês que vem, 
hoje ele se desarruma enquanto me contorço de dor. 

Bêbados, meus hormônios dançam no meu colo.
Esbarram no ponche,
sangria
vinho e 
barris de bebedeira escorrem por mim, enquanto tento dormir.

Vão descansar,
por favor

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