Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

pra depois de dançar

dançavam pelo salão
e o perfume do vento
com suas mãos suaves a abraçar
aqueles que não viam, mas ouviam
os cantos dos cochichos dos casais outros aos ouvidos

os segredos eram tantos que se faziam música além do moço do violão
(em segundo plano)

como penetra na festa de gala
os sussurros somavam-se em valsa
ritmados pelos corações
dos esperançosos que trocavam informações
que sentiam na pele a respiração

com seu ritmo próprio

seu desejo próprio
de ser mais

além do segredo
além da dança

além do salão

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