Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Vermelho


Sob o vinho derramado eu escrevo

Taça sem trincas ou lágrimas
Puro como és
Uvas fermentadas só
Desespero não há
Ansiedade não há
Certeza e simplicidade só
Apenas a nudez da alma d
ebruçada sobre o que não sabe intitular, mas descrevo com um sorriso bobo:

Tinta vermelha sobre o meu chão
Formam desenho
Barroco?

Intensidade e desejo
Palavras e xícaras
Sem pecado ou perdão
Saberia Gregório não recorrer ao padre toda vez que de sua vontade ele não abrisse mão?
Fica a pergunta
Mas sem dúvidas ou dávidas, milagres ou sedas que atrapalhem minha visão volto a dizer:

Há uma taça de vinho pintando o chão
Do meu quarto

E isso é fato.

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