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Mostrando postagens de 2016

Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Tão sutil quanto um coice de mula

Em momento algum desejei tua dor, teu pranto, tuas lágrimas. Em momento algum quis de ti capacho ou contato, porque não há outro que tu sejas pra mim senão quem mais me ama naquela cidade, da fronteira pra lá. Da faculdade à orla, de todos os bares e calçamentos,  de todas as dores e sofrimentos, em memória não há aquele que mais fez por mim, do que tu. Mas se me perco entre os meus, se redesenho e me ditorço, se minha imagem aos teus olhos muda por segundo é porque sou assim, bagunça e exagero, certeza e aflição. Um tanto de álcool e muito desejo. Pra ti quero alegria, felicidade, sabedoria, amor. Mas lembra-te tu és meu irmão e por mais do que obrigação, irei brigar contigo sempre que for, sempre que voltar, porque posso até meu rosto pintar de ser educada, conveniente, para os outros, porém tu sempre terás minha maior sinceridade mesmo que essa venha em outro tom, em outras palavras não tão polidas, mas recobertas de toda verdade. Eu te amo, porque primeiro tu me amaste. N...

E daqui a dez anos?

O incerto me cativa, me seduz, me conquista, mas nem sempre até ele eu vou. O desejo sem ação fica guardado, cresce ou vira memória e no sótão das ideias ele faz morada, rangendo o piso de madeira, tocando a janela de vidro como galho desritimado, o vento que entra pela fresta da janela, a torneira que começa a pingar de madrugada... me lembrando toda noite de sono que dele nunca esquecerei, que ele não se tornará obsoleto, residente em minha casa sem pedir licença ou permissão. Como chegar ao norte, mirando o oeste? De rosa dos ventos quebrada - linhas já traçadas -  de destino demitido e relógio parado, eu cheguei até aqui. Até aqui, onde? Até esse texto, até as incertezas, até onde não sei pra onde eu vou mais. Mas e daqui a dez anos? ...

Sobre auto liberdade

  Prender-se na própria liberdade é o paradoxo que enfrenta aquele que vomita não precisar de conselhos (e de filtrá-los) por ser sua mente só sua, seu corpo só seu, ignorando a experiência do outro que na tragédia aprendeu o que não fazer.   Não torna-se livre aquele que ao se ignorar, mendinga, migalha, se submete. ~ CompactoImovel ~

Certeza de um futuro sem passado

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Não sei sobre o amor, mas sei sobre gostar. E não nego, não brinco, escondo ou jogo, Só gosto. E só quero que fique quem goste de mim. Quem queira tudo do fundo da alma. Porque promessas tornam-se dívidas, obrigações, se perdem no tempo; pesam e frustram. Sobre frustração eu sei, dispenso. De ti gosto, mas a espera eu dispenso. Pra que depois ainda goste. Pra que não desgoste de mim. Porque seja quem venha, quem vá, eu continuarei e as memórias que terei serão das decisões que tomei. Então vá. Porque te gosto vá, e continuarei gostando em memória, sem tempo futuro, presente ou depois. Sem mais, mas ou porém. Vá  e goste de alguém, seja de alguém e morra de amor.

Mámemória

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        Sempre perco as referências, não sei sobre nomes ou autores, só o que fica é o que disseram. Sempre esqueço o caminho, quando vou pela primeira vez não guardo traços ou lugares, me perco, desacompanhada porque minha mente guarda pouca coisa, algum perfume, uma palavra, uma atitude, mas no fim ou começo sempre esqueço de algo que jurarei ser importante. Como não dá pra lembrar de tudo e já sabendo que esquecerei, posso perguntar  uma, duas ou mesmo três (vezes) pra que eu não esqueça, pra que na memória se guarde e na caixinha das lembranças se confundam, teu jeito, perfume e tua pele; pra caso um dia esqueça teu nome te veja mesmo de olhos fechados, te desenhe; te trace; te verse .

Que teus olhos me vejam.

A viola desafinou, o piano perdeu as teclas e o maestro o compasso, quando tu não me avistou. Fiquei de longe te olhando, pensando em ir conversar qualquer coisa sobre motores, chassi  ou teu perfume, só pra conhecer tua voz, aparecer em tua foto, contigo prosear. Mas menina não tive coragem, então fiquei admirando, guardando cada cena, planejando contigo falar, até comentei com amigos meus, sabes como são os homens... Disseram: "vai lá ôh Romeu, não é dela que quer saber o nome?" Porém quem disse que as pernas obedeciam o que a mente desejava, só se moviam os olhos ao te ver entre elas, querendo estar naquela foto, pra que em noite qualquer tu perguntasse "quem és aquele intruso? Meninas vocês conhecem? Nunca Vi mais mudo" só pra que em teu celular eu estivesse. Entretanto não foi assim que prosseguiu e o tempo tomou outras rédias, foi disfarçado de outro perfil que continue a te observar e traçar e pensar e curtir. Mas como toda vontade não demora até a ela a ...

Sobre um tempo Transiente

Os dias passam sem acabar E algo fica por acontecer Perco-me de mim só de perceber Que não restou nada no lugar Em toda bagunça não encontro A vontade que fazia tudo acontecer E ainda permaneço sem saber Quando tudo isso vai acabar (Ou voltar Pro seu lugar) Não sei mais sobre o futuro Desconhecido passado Sem sorte presente E o tempo embaraçado Se faz distante Distoante Ausente Fazendo-me ter certeza Que não mais me conheço Ei seu moço, faça a gentileza De mostrar um pouco mais de clareza Nos seus ponteiros incoerentes Deixe-me apenas algumas pistas Para que eu possa juntar Uma dica, um sussuro De como tudo ajeitar E por no lugar Por favor, te peço Já não aguento mais sentir Um coração vazio por decreto Uma mente sem ter para onde ir.

Some friend with Tangerine hair

I was thinking about some love today Some sin, Divine Sin, maybe... Some memories with strawberry color; Some weather, like rain; Some time, like five, six years ago... Some person, like you. You'll be my Abêga For some colors For some reasons For some memories For Ever. 13/01/2016

My and now.

I had left my world, my words and I had gone to visit others, but they wanted me there for a long time, and I stayed for too much until start using their clothers, their shoes, their words... I forgot myself and now I need to find others words, buy new clothers, build my new world.