Um caminho com balaços e muito algodão doce. Ah como quero balanços... Para olhar lá de cima até onde cheguei; para que lá de cima possa tocar nuvens e trazê-las como uma chuva doce (como um sorvete que derrete pelas mãos quando você não consegue contê-lo na casquinha restando apenas mãos e lábios de um colorido mágico que te faz devorar todo aquele sabor como quem não quer perder nem a ultima gota).
Ah... A ultima gota, tão disputada mesmo não tão gelada mais.
Quero gotas pelo chão. Um caminho para que aquele capaz de sentir o aroma, aquele que também deseje doces nuvens possa me encontrar (mas apenas esses servirão, apenas esses serão capazes de me acompanhar ou mesmo de um dia visitar-me sem fugir).
Não desejo os realistas demasiados que riem de meu caminho por considerarem-se maduros demais para ele. O deformam e fazem-me achar mais perdida do que realmente estou (esses entrarão em fuga na primeira oportunidade). Deles estou cheia e prefiro que se mantenham longe de meus jardins ou mesmo da janela de meu imóvel (acredite, se você fosse como eles não teria chegado até essa altura do caminho, as flores e morangos teriam te incomodado a ponto de ter saído da estrada no primeiro arco-íris).
Vem comigo? Faz-me companhia e avisa-me de um possível curupira antes que ele conclua que somos invasores?
Mas tenho que avisá-lo, não poderá mais desistir. Meu jardim te entorpecerá e caso não esteja certo de tua vontade, depois não poderá contar meus segredos a nenhum outro estranho. Caso tente, em seus sonhos estarei a te perturbar e se arrependerá de tal forma que não saberá como se livrar de tais espinhos, as rosas simplesmente murcharão em tuas mãos e não terá mais nada a fazer, nada poderá conter.
Ei, acalme-se. Isso só acontecerá se você tentar me ferir, trair minha confiança, maltratar qualquer flor de meu jardim.
Mas agora que continuou comigo, tenho que agradecê-lo. Obrigado por aceitar, agora sei que não estarei mais só. Sei que poderei ir a qualquer lugar.
Avista aquela colina ao longe? Aquela por detrás do rio. O que achas de começarmos por lá à procura de um lugar mais alto de onde possamos estar a salvo dos espinhos das roseiras ou mesmo dos ramos daquela abóbora que se espalha pelo chão? Sim, para que não nos arranhemos ou tropecemos e assim possamos continuar caminhando sãos e salvos por todo o bosque, por outros bosques, por até onde desejarmos que esse jardim vá.
Esteja livre para pintar tudo que desejar, como desejar. Cores, texturas ou mesmo os sabores: Faça-os a teu modo.
Meu jardim agora tornasse também teu.
13.11.11
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