Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Oração

Tropeço nas palavras que não encontro,
antes eu podia escrever por qualquer coisa e hoje qualquer coisa não consigo escrever. Que seja um estágio, fase ou momento, momentaneamente se faça e logo se vá, que não dure, que não perdure, que fique obsoleto, desmanche e se perca no tempo longe de mim, bem longe; que a (des)inspiração de mim se esqueça e me abandone. 
Que flores e cascatas, tortas e relógios, xícaras de café voltem a me embebedar.

Amém.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O tempo que leva (enquanto provamos)

Um direito

Acabou pra ser