Caso pudesse,
abordaria todos os pixels nessas linhas, mas não caberiam no tempo que tenho,
meu relógio reclamaria e sua bateria acabaria antes que eu chegasse na metade;
minha memória me trairia e não seria capaz de cumprir tal promessa, daí prefiro
dizer: De um pouco falarei, mas não considere menos importante o que ficar
omitido, ou mesmo não apareça nas entrelinhas, já que muito ficará para contar
numa próxima parada, para pintar numa próxima tela.
Telas, acho
que posso começar assim. As cores já foram de um todo: De pastéis à vibrantes,
mas de fato predominantes nos tons de azul. Desde sempre, desde tuas primeiras
aquarelas, de teus primeiros passos (não voltarei tanto assim, afinal, não
posso me estender).
Bom, tua
presença aqui no imóvel é fato, mas venho a registrá-la pela primeira vez.
Lembro de
cartas, hoje estariam amareladas, que te escrevi falando de brigas e o apesar
delas, como lembro de tu que dizias que eu sempre escrevia sobre.
E se de fato
escrevia, era só pra registrar que independente do que fosse dito em épocas de
furacões e o que eles destruíssem pela frente, a recomposição viria a cavalo (a
jatinho, poderia ser mais adequado já que rápida mesmo era).
Mas, indepentente
dos tornados ou mesmo dos cavalos, sendo mais literal, eu digo: Tua autonomia
sempre me causou admiração, e se tu viveste (e vives) na tranquilidade que as
brisas sopram, é porque aprendeste que a paz que elas trazem significa mais do
que a correria de quem não sabe o que passa a seu lado, devido a pressa de
chegar, sabe Deus onde, já que no dia seguinte estará a correr mais uma vez sem
alcançar de fato algum lugar ao Sol.
Tenho veraz
admiração pelo teu jeito, e o modo com usa de teus pincéis.
Tua telas,
teus dias, parecem-me pré-moldados: Como se tu soubesses exatamente o modo de
agir diante de uma ou outra situação, desenrolada e sem nós (sem pontas soltas
- como as que me sobram).
De tuas
paixões a amores, dos que passam aos que ficam, admiro como tu colocas cada um
deles em seu merecido vagão, sem permitir que o passageiro de ultima hora
frequente a primeira classe.
Teu tempo é o
presente. E de presente o faz literalmente. Se há tempo, há que se
aproveitá-lo. Se há portas, há que se abrir, há que se tocar o interfone,
ao menos, mas, nunca deixar que elas se fechem.
E, se te digo isso é
mais uma vez por admiração. Coragem ou um jeito de viver, eu diria que Humberto
Gessinger fez metafísica referência a ti ao cantar "sem passado, nem
futuro, eu vivo um dia de cada vez" ainda, diferente do contexto dele,
digo que a ti pertence o presente, pois sabes aproveitá-lo em essência, até a
última gota, como quem não se importa com os degraus - mas caso exista um
tobogã do lado, logicamente o preferirá.
Sem querer os
clichês (e mesmo não acreditando que são), ouso-me a determinar alguns máximos
teus:
~ Se a vida pode ser
divertida, que seja ao máximo!
~ Se podes trabalhar
menos e viver mais, que seja feito!
~ Se as férias
puderem ser estendidas, nunca exite (mas não fique em casa, o tédio é
proibido).
~ Conhecimento é
preciso, mas não é necessária uma biblioteca interminável, leia, mas há a praia
e Sol.
~ Conforto e moda,
perfumes e beleza, sim senhor!
~ Não seja pobre de
espírito, não fale asneiras.
~ Atenção, procure
não apenas responda, afinal, responder é educação, interesse é outra
coisa...
~ Cante se souber,
aprenda o que puder, seja independente.
~ Seja livre.
~ Viva livre!
~ Desmanche as
algemas, "desate o nó que te prendeu a uma pessoa que nunca te mereceu".
~ Deixe o passado no pretérito. Faça-o sempre perfeito, para que o presente
seja uma dádiva, para que tuas linhas sejam limpas, para que teu caminho seja
livre
Se a tu coubesses a escolha, agradeceria por ser minha irmã, mas como
não o foi, espero que o destino seja agradável pra ti, porque se Deus um dia
escolheu as pessoas pra minha vida, estou certa que escolha melhor Ele não
poderia ter feito, alguém igual não há de ter.
Então, Feliz Aniversário. Que venha sendo feliz desde 1991.
Parabéns! Para que tenha bens. Para
que tenha bons amigos.
Para que tenha um bem... Um bom.. Um amor que te
leve aos céus e que nunca queira controlar teus passos (daí ele se dará mal).
Ano que vem, renovarei as felicitações para que elas permaneçam sólidas
e tua casa, teu imóvel, seja concreta.
Deixo beijos, e as marcas definitivas em meu avental.
Deixo ainda o desejo de que as analogias que aqui uso não te façam perder, mas
permitam-te desenhar algumas imagens do que quero te dizer - espero te dizer. E
que venhas comigo nessa empreitada, nessas cenas, nessa de compactoimóvel.
Obrigadaa!
ResponderExcluirTe admiro também!
Te amo!
Beijão!