Barquinho de papel (azul)

Hoje sonhei com meu avô  Que tudo preparava para encontrar minha avó  Tudo. Elevadores, espaço, bosque, casa. Tudo que ele achava que precisava. Para encontrá-la e com ela ficar - novamente. Ontem fui dormir triste e acordei feliz com o sonho. Os detalhes se sobrepuseram na memória e a narrativa não tem coesão, coerência, tampouco roteiro. Só um sentimento: amor. Quase no final do sonho ele pegava a viola e começava a tocar música autoral para ela: Barquinho de papel. Enquanto eu, de posse de um papel azul, tentava fazer um origami de barquinho com um pássaro para entregar a ele, quando terminasse de tocar. Mas eu não soube terminar, me perdi entre as dobras. Ele tocara a última estrofe quando o sonho, esse sim, terminou: "Eu ja tava estressado  Com aquele tanto de trabalho Canário é igual a soldado  Se come fora de horário  Pode até não existir" Acordei cantarolando, como moda de viola, me perguntando o que havia de romântico nesta canção. Talvez houvesse nos v...

Sem ruídos, sem roídos.


Não mais ouço o estalar dos dentes esfomeados a dilacerarem as unhas por fazer;
não vejo mais unhas por fazer.
Por oras escuras, às vezes claras (quase nunca claras).
Os escuros deixam resquícios por trás delas e o claro não fica de fato claro, permanecem, portanto, escuras.
Roxas, vermelhas, pretas-azuladas.
Miragem, Gabriela, hip hop.
Humor ou quem sabe tempo.
Passa-tempo sem tempo pra perder.
Tempo que falta pra pintar telas, pra escrever cores.
Nunca perfeitas. De tempos pra cá, sempre feitas.

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